Como funciona a construção de uma lente


Postado por Ótica Revista

Antes de mais nada precisamos entender que a   construção de uma lente está sempre baseada na   união de dois prismas, o que vai variar é, de que forma estes dois prismas estão unidos, ou através da base ou através do ápice, assim tornando a lente convergente ou divergente, como podemos ver na imagem abaixo:

Outro ponto que além de curioso é muito importante que saibamos e de que, um prisma tem a capacidade de desviar em um centímetro um objeto na distância de um metro, e raio de luz sempre será desviado para a parte mais espessa da lente, ou seja, sua base. Por definição prisma óptico é um elemento transparente com superfícies polidas que refratam a luz em ângulos exatos, usados obviamente para a correção ou compensação refrativa. Agora que entendemos sobre os prismas e sua contribuição para a formação das lentes, podemos entender melhor a composição de uma lente e o seu papel para a correção das ametropias, basicamente temos três tipos de lente que veremos a seguir, onde suas nomenclaturas estão diretamente ligadas a quantidades de centros ópticos que as mesmas possuem. E antes de continuar gostaria de reforçar que centro óptico é o ponto da lente onde o raio de luz passa sem sofrer desvios. Vamos começar pela lente mais antiga, mas vendida e que nos serve como base para toda a evolução óptica, a lente mono focal, também conhecida como visão simples ou simplesmente VS, como o próprio nome já deixa claro, esta lente possui um único campo de visão, sendo assim sua capacidade se limita a corrigir hipermetropia, miopia e ou astigmatismo, por terem um alto volume de venda, estas lentes podem ser encontradas como chamamos em nosso ramo de lente pronta, o que eu quero dizer com isso é que, devido ao fato de ter uma grande circulação a mesma já é feita pela indústria óptica com a dioptria que o cliente necessita, desta forma agilizando o tempo de entrega e também deixando está lente com um valor mais acessível, porém é importante ressaltar que, elas têm um limite de graduação e diâmetro, sendo a graduação uma escolha do fabricante de variação e o diâmetro fica em 70mm para negativas e 65 para positivas, fora isso as mesmas podem e devem ser fabricadas, e aí partindo de um bloco bruto, o que agregar mais valor ao produto. Por volta de 1784, Benjamin Franklin teve a brilhante ideia de cortar um lente mono focal e sobre por a outra, construindo assim de maneira rudimentar as lentes bifocais, que são como o próprio nome já diz, lentes com dois focos, para a correção de presbiopia, quanto a sua indicação, acredito que caiba aqui na óptica revista uma matéria exclusiva sobre o tema, e faremos isso em um futuro próximo.

Os bifocais têm por característica a marcação que chamamos de película, que é justamente o ponto onde termina uma lente e começa a segunda, digamos assim, provocando nos usuários o que chamamos de salto de imagem, como você pode conferir na imagem abaixo, cada posicionamento de película gera um bifocal diferente.

Por fim chagamos aos multifocais, esta lente com múltiplos focos, também tem como objetivo a correção da presbiopia, porém com ela não temos o salto de imagem dos bifocais, visto que esta lente tem uma composição completamente diferente, que vista de frente a mesma parece uma lente visão simples, porém ela e composta basicamente por três campos sendo eles, longe, intermediário e perto, além é claro das diferentes tecnologias empregadas nelas, mas aí também é assunto para uma matéria completa e faremos isso já na próxima edição.

Fonte: Matéria Ótica Revista, Ed 413 por Fernando Cardoso