ORIGEM DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR


Postado por Ótica Revista

A origem das Constelações Familiares remonta da   teoria dos Campos Morfogenéticos, de Rupert   Sheldrake, biólogo britânico, que serviu de base para os estudos de Bert Hellinger. Foi o olhar amoroso de Hellinger, alemão que viajou o mundo e empreendeu estudos diversos para encontrar soluções que pudessem ajudar a resolver problemas relacionados às origens emocionais do ser humano. Sua maior contribuição para a humanidade foi o método psicoterapêutico com abordagem sistêmica não empirista – Constelações Familiares

Constelação Familiar é muito mais do que uma ferramenta ou método terapêutico, é uma Filosofia de Vida. É um novo olhar para as nossas relações e nossos conflitos; um novo olhar para nossa origem, nossas raízes e nosso sistema familiar.

A partir desse olhar, podemos agir de forma diferente da que agimos até hoje. É uma maneira de nos percebermos parte e de ocuparmos nosso lugar. Não viemos do nada, temos uma história e quando honramos nossa origem entramos no Fluxo da Vida!

Quando Bert Hellinger deu-se conta dos resultados operados pelo método de “esculturas familiares”, já usado por Virginia Satir, psicoterapeuta americana, na década de 1970, e que já haviam sido observados no psicodrama de Levy Moreno, percebeu que ali havia uma ordem que poderia ser seguida para conseguir trazer à tona velhos padrões de comportamento e crenças que orientavam inconscientemente a vida das pessoas.

De acordo com Satir, quando uma pessoa “estranha” é convocada para representar uma família ou uma pessoa do grupo familiar mesmo que não a conheça, acaba reproduzindo sintomas físicos e comportamentos idênticos desse grupo ou pessoa sem essencialmente saber algo dela.

O trabalho de Hellinger ainda foi permeado por algumas outras teorias, como a da evolução dos “campos morfogenéticos”, formulado pelo biólogo britânico Rupert Schaldrake, que é uma memória coletiva a qual cada membro da espécie recorre e para a qual cada um deles contribui; e a Mecânica Quântica, com seu conceito da “não localidade”, pelo qual duas partículas distantes podem coordenar suas ações sem trocar informações. Isso explica comportamentos idênticos aos familiares do constelado nos participantes da constelação, mas sem que haja contato ou conhecimento entre eles.

Ao analisar os resultados de todas as técnicas pesquisadas, Hellinger entendeu que muitas questões de seus pacientes estavam intimamente conectadas a comportamentos e destinos de membros anteriores da família. Criou, a partir dessa observação, as ordens do amor ou as leis sistêmicas, que seriam a própria consciência que nos anima, de forma inconsciente a repetir padrões de comportamento e a reproduzir o destino de outras pessoas da família.

A dramatização de conflitos familiares permite trazer a tona questões pontuais mal resolvidas, como mortes precoces, perdas, desavenças que foram guardadas no subconsciente, mas que agem diretamente sobre nossos comportamentos e ações. Os resultados são tão incríveis que o método, além de ser usado em consultórios terapêuticos com grande sucesso, já foi incorporado a práticas de justiça, sendo utilizado como parte de processos de reconciliação, por exemplo

Quais os benefícios da Constelação Familiar? Será possível elencar em poucas linhas tudo que podemos atingir com esse trabalho? Creio que a primeira informação importante é a de que o trabalho de Constelação não se encerra ao final de uma sessão. O processo é contínuo, porque ele mexe significativamente com nosso inconsciente e com as nossas emoções. A mudança segue, a cada nova constelação, a cada ressignificação que fazemos em nosso intelecto, em nossa mente racional e emotiva.

A Constelação Familiar provoca mudanças profundas e, ao mesmo tempo, sutis. Tomamos consciência de crenças, especialmente aquelas que limitam as nossas decisões. E, talvez, tais mudanças sejam percebidas instantaneamente, mas também é possível percebê-las de forma gradual, gerando assim resultados positivos na nossa vida de forma natural. Vejam alguns benefícios:

Fazer terapia só nos traz benefícios e, por isso, a Constelação Familiar é essencial. Com ela o indivíduo adquire uma nova maneira de perceber os fatos, trazendo para si a auto responsabilidade de fazer novas escolhas e assim criar uma nova realidade.

Constelação Familiar em parceria com a psicoterapia pode? A resposta é sim! Inclusive, uma técnica não é utilizada em detrimento da outra, mas sim como coadjuvantes para ampliar as possibilidades de recuperação e fornecer dados mais amplos e até mesmo consistentes para o trabalho de reorganização da energia da pessoa.

A Constelação e a psicoterapia juntas ajudam a entender se a questão, problema, sintoma apresentado pelo paciente é do sistema, se é uma repetição de sintomas já existentes, se é algo com foco apenas no paciente que atinge somente a sua vida ou se está começando a criar um emaranhado no sistema, ou seja, é um trabalho que evita que novos processos traumáticos venham ocorrer, inclusive com outros membros do sistema.

A abordagem sistêmica é de extrema importância para o trabalho psicoterapêutico, fazendo com que o paciente entenda as origens dos problemas e tome consciência daquilo que realmente lhe pertence.

Essa autorresponsabilidade faz com que os tratamentos sejam altamente eficazes e que o tempo de reabilitação diminua consideravelmente.

É importante saber que a Constelação é o começo de um processo, portanto, um caminho, uma direção e não a solução mágica para todos os problemas.

Constelação Familiar com psicoterapia é uma forma de ampliar a visão e facilitar os processos de autoconhecimento.